Jim Rohn, empreendedor
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O que aprendi com a inteligência emocional
Muito tem se falado de generosidade e gratidão. Porém, você tem realmente colocado elas em prática? Penso que são semelhantes às orações.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL | Sempre é muito delicado relatarmos uma história, visto que ela envolve personagens reais, que podem se magoar, contestar, ou se ofender com o que é exposto. Afinal, geralmente, parte do ponto de vista de quem conta a história e toda história tem diversos pontos de vista. Porém, acredito que o aprendizado se torna mais efetivo, quando ele nos traz situações da vida real, ao invés ficção. Então, vamos lá…
Como tudo começou…
Era um momento difícil na economia brasileira, com muito desemprego e poucas ofertas. A recessão batia forte no mercado. Recebi o chamado de uma empresa, para atuar na minha área de especialidade. Uma proposta financeira e estrategicamente irrecusável. Porém, teria que me mudar de cidade. Pensei, pensei e encarei o desafio, afinal nunca tive medo deste tipo de mudança.
Meu gestor foi quem me entrevistou e aprovou. Tivemos uma afinidade imediata. Isso me deixou a vontade para realmente tomar a decisão de aceitar este novo desafio. Porém, o que eu não sabia, é que este mesmo gestor não era muito bem aceito pela equipe, composta por cerca de cinco pessoas. Havia um estranhamento entre ele e a equipe com quem eu também iria trabalhar, além de outras pessoas de área próxima.
Em função desta minha afinidade com o tal gestor, logo a equipe começou a me evitar também. Foi um período difícil, desafiador, e até mesmo desanimador para mim. Afinal, sempre valorizei muito o ambiente onde atuei. Este fator sempre foi um dos mais relevantes para minhas decisões profissionais. Ali eu estava acuado. Sentia que não conseguiria desempenhar meu melhor devido aquela situação inusitada.
A mudança…
Passou algum tempo e meu gestor se desligou da empresa. Eu permaneci, e por algum período ainda senti alguma hostilidade de meus colegas. A mudança ocorreu gradativamente. O fator decisivo para tal transformação foi a aplicação de meus conhecimentos sobre inteligência emocional, que estudava e buscava praticar no dia a dia em tudo o que fazia (e faço até hoje).
Nossos esforços foram recompensados. A equipe se abriu, conseguimos esclarecer algumas diferenças e passamos a atuar de modo mais integrado. Um alívio para todos, principalmente para mim. Aqueles que inicialmente me rejeitaram, tornaram-se amigos. Uma reviravolta incrível que a vida nos proporcionou. Eu também passei a entender melhor cada um e suas motivações. Percebi como minhas atitudes também contribuíram, de alguma forma, para toda aquela situação. Reconhecer os erros é fundamental para a mudança acontecer.
Platão disse: “Todo aprendizado tem uma base emocional”. Isso faz sentido para você?
Este aprendizado carrego em tudo o que faço. Saber que quanto mais nos conhecemos abre a possibilidade de conhecer melhor os outros, e isso faz toda diferença; compreender que o autocontrole é um processo evolutivo, e isso facilita nossos relacionamentos; e, que praticar a verdadeira empatia, é um dos mais desafiadores comportamentos humanos, mas ao mesmo tempo um dos mais profundos transformadores pessoais e relacionais.
Muito tem se falado de generosidade e gratidão. Porém, você tem realmente colocado elas em prática? Penso que são semelhantes às orações. Tem muita gente que frequenta o culto (qualquer que seja), repetindo mecanicamente as orações que aprendeu. Contudo, não as sente no coração. Quando sai dali maldiz de alguém, critica outro, xinga ou eleva seus pensamentos negativos no trânsito, e por aí vai. Conhece pessoas assim?
Dalai Lama nos ensina que “como seres humanos, todos queremos ser felizes e livres da miséria, todos aprendemos que a chave para a felicidade é a paz interior. Os maiores obstáculos à paz interior são as emoções perturbadoras como raiva, o apego, o medo e a desconfiança, enquanto o amor e a compaixão são as fontes de paz e felicidade”.
Porém, também sabemos que não é possível simplesmente excluir certas emoções de nossas vidas. Entretanto, temos que aprender a lidar com elas. Este é o verdadeiro significado da Inteligência Emocional, como relatou Daniel Goleman: “quando eu digo controlar emoções, me refiro às emoções realmente estressantes e incapacitantes. Sentir as emoções é o que torna a nossa vida rica.”
Assim, convido você a iniciar a jornada mais fantástica da sua vida…
A jornada do autoconhecimento, do autocontrole, da automotivação, da empatia e da sociabilidade. Se não souber como iniciar, ou tiver dificuldade durante esta jornada, pode me procurar. Afinal, este é meu propósito de vida: contribuir para o desenvolvimento humano, através do repasse do conhecimento, das melhores práticas e das ferramentas poderosas da inteligência emocional.